Fatores genéticos e dietéticos influenciam a progressão da catarata, principalmente a ingestão de vitamina C
por Clínica Trindade • 09.05.2016
Para determinar a herdabilidade da progressão da catarata e explorar prospectivamente o efeito de micronutrientes na dieta sobre a progressão da catarata foi realizado um estudo prospectivo de coorte. Os dados estavam disponíveis para 2054 gêmeas brancas da coorte TwinsUK. O acompanhamento e as medições de catarata estavam disponíveis para 324 das gêmeas (151 monozigóticos e 173 gêmeos dizigóticos).
A catarata nuclear foi medida utilizando uma medida quantitativa da densidade nuclear obtida a partir de imagens digitais Scheimpflug. Os dados dietéticos estavam disponíveis a partir de questionários de frequência alimentar EPIC.A herdabilidade foi modelada usando a máxima verossimilhança de equações estruturais de modelagem dupla. A associação entre a mudança da catarata nuclear e os micronutrientes foi investigada usando análise de regressão linear e multinomial. O intervalo médio entre o exame inicial e o exame de acompanhamento foi de 9,4 anos.
O modelo mais apropriado estimou que a herdabilidade da progressão da catarata nuclear foi de 35% e fatores ambientais individuais explicaram os 65% restantes de variância. Dieta rica em vitamina C protegia contra ambos –catarata nuclear no início e progressão da catarata, enquanto o manganês e a ingestão de suplementos de micronutrientes foram protetores contra a catarata nuclear somente na linha de base.
Concluiu-se que os fatores genéticos explicaram 35% da variância na progressão da catarata nuclear ao longo de um período de 10 anos. Os fatores ambientais foram responsáveis pela variância restante e, em particular, uma dieta rica em vitamina C protegeu contra a progressão da catarata avaliada em cerca de 10 anos após o início do estudo.
Fonte: Ophthalmology, em abril de 2016